sexta-feira | 14h30 – 15h30 | CMIA
Este é o momento especial da semana em que os alunos têm a possibilidade de contactar com um investigador das mais diversificadas áreas do conhecimento. O objetivo desta interação é promover o diálogo face-a-face entre alunos e quem faz ciência, de modo a dar uma visão mais real da vida e do trabalho dos investigadores que nele participam. Os intervenientes são convidados a partilhar as suas experiências, as suas histórias de vida e os seus conhecimentos científicos, com apresentação de recursos e materiais representativos da sua atividade profissional, sempre numa linguagem adaptada a crianças desta faixa etária.
11 outubro 2019 | 14 fevereiro 2020
A ideia desta pequena conversa com os mais pequenos (que afinal são grandes ☺) era partilhar com eles como me tornei investigadora, o porquê na área do ambiente e como é o dia-a-dia nesta profissão. A conversa começou, por isso, no “era uma vez…” quando tinha a idade deles (9 anos) e quando queria ser muita coisa quando fosse grande, mas onde a investigação não fazia parte dessa lista enorme. Foi bastante mais tarde, quando as ciências falaram mais alto do que as artes e me levaram a estudar num sítio longe e matérias difíceis – o que se tornou num desafio maior e mais interessante. Daí a perceber que depois de estudar, o que eu queria era continuar a estudar…foi um passo fácil. Afinal um investigador é alguém que tem que estudar e aprender todos os dias, sendo este o grande trabalho que tem pela frente. A área do ambiente é vista como uma missão, um valor maior que faz sentido guiar a vida. Neste caso em particular, na área da poluição do ar e das alterações climáticas…onde todos os pequenos e grandes têm sempre muita coisa a contar, revelar e ensinar! O resultado de juntar o estudo com esta missão é um trabalho que dá gosto. E como alguém (Confúcio!) disse um dia: “Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida”. E por fim, o outro grande segredo para gostar tanto do que se faz, é não fazer só isso! E ter outras artes, outros interesses, outros estudos a chamarem por nós…
Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro
Licenciada em Engenharia Química (1996), mestre em Poluição Atmosférica (2003) e doutorada (2008) em Ciências Aplicadas ao Ambiente pela Universidade de Aveiro (UA). Atualmente é Investigadora Principal no Departamento de Ambiente e Ordenamento da UA. Integra desde 2000 o grupo de investigação GEMAC (Grupo de Emissões, Modelação e Alterações Climáticas) inserido no Laboratório Associado CESAM (Centro de Estudos do Ambiente e do Mar). Participou já em mais de 15 projetos de investigação nacionais e europeus, desenvolvendo trabalho nas áreas da qualidade do ar e alterações climáticas. As suas atividades de investigação resultaram na publicação de mais de 70 artigos em revistas científicas internacionais. Paralelamente à atividade de investigação, foi professora auxiliar convidada na Universidade de Aveiro, tendo orientado 10 teses de mestrado e 3 teses de doutoramento.
18 outubro 2019 | 13 março 2020
Foram apresentadas as Competições Nacionais de Ciência, com especial atenção para a matemática, bem como o jogo educativo, digital e interativo Centum-Square, que criou com o intuito de desenvolver o gosto pela matemática e pelo estudo das matemáticas escolares. A sua criação e implementação surgiu na sequência da análise do programa curricular de matemática do Reino Unido. Este jogo ganhou, em 2014, o 1º lugar dentro da sua categoria, a nível nacional, no Best Content Award, tendo representado Portugal no Best Content for Kids European Award, ficando em 2º lugar a nível europeu.
Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro e PmatE – Projeto Matemática Ensino, Universidade de Aveiro
Licenciada em Matemática (Ensino) pela Universidade de Coimbra, Mestre em Ensino de Matemática pela Universidade de Aveiro e Doutorada em Ciências da Educação, especialidade em Tecnologia Educativa, pela Universidade do Minho. Tem ainda formação em Estudos Matemáticos pela Universitá degli studi dell’Aquila (Italia). Atualmente, é bolseira de investigação científica na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro em pareceria com o PmatE – Projeto Matemática Ensino, com sede na Universidade de Aveiro. Desde 2007, pertence à equipa de elaboração de todas as provas de matemática das Competições Nacionais de Ciência, realizadas para os ensinos básicos e secundário na Universidade de Aveiro.
15 novembro 2019
É feita uma contextualização de diferentes atividades no âmbito da Engenharia Civil, destacando a apresentação do conceito da resistência ao fogo de produtos e elementos da construção e a sua importância para a salvaguarda de pessoas e bens. Diversas atividades de consultoria realizadas pelo Laboratório de Estruturas e Resistência ao Fogo (LERF) são apresentadas e descritas, desde ensaios à resistência ao fogo de elementos de compartimentação à determinação numérica da resistência ao fogo de estruturas metálicas de edifícios de grandes dimensões. O LERF está equipado com um forno vertical com 3,10 m x 3,10 m de abertura livre, capaz de realizar ensaios normalizados de resistência ao fogo de acordo com a regulamentação Europeia. Com o referido equipamento, ferramentas informáticas avançadas e conhecimento adquirido o LERF está habilitado para a determinação da resistência ao fogo de acordo com as funções de: suporte de cargas de estruturas de edifícios (critério R), e de estanquidade a chamas e gases quentes (critério E) ou isolamento térmico (critério I) de elementos de compartimentação.
Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro
Engenheiro Civil pela Universidade de Aveiro (UA), Nuno Lopes é Professor Auxiliar e Diretor do Departamento de Engenharia Civil da UA, onde completou Doutoramento Europeu na área do comportamento ao fogo de estruturas metálicas. É membro da Unidade de Investigação RISCO e Diretor Técnico do Laboratório de Estruturas e Resistência ao Fogo da UA. No âmbito da sua atividade tem participado em projetos de investigação europeus e nacionais, publicado artigos científicos em revistas e congressos e realizado pareceres técnicos sobre resistência ao fogo de estruturas e de elementos de construção. Destaca-se ainda a atribuição do Prémio Jovem Investigador 2018 da Associação Portuguesa de Mecânica Teórica, Aplicada e Computacional, pelo seu Currículo Científico em qualquer área da Mecânica Aplicada e Computacional.
22 novembro 2019
As embalagens alimentares são fundamentais para a proteção e preservação dos alimentos, desde a sua produção até ao consumidor final. Entre os vários materiais aplicados na produção de embalagens alimentares, os polímeros sintéticos, normalmente designados por “plásticos”, são amplamente utilizados devido à sua resistência mecânica, fácil processamento e baixo custo de produção. Contudo, o impacto ambiental tem motivado a procura de soluções alternativas. Os biopolímeros têm demonstrado resultados promissores no desenvolvimento de embalagens.
Departamento de Química da Universidade de Aveiro
Cláudia Nunes é Investigadora do CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro no Departamento de Química da Universidade de Aveiro. Licenciou-se em Química em 1999, concluiu o Mestrado em Química de Alimentos em 2002 e o Doutoramento em Bioquímica foi concluído em 2008 na Universidade de Aveiro (UA). Ao longo da carreira, esteve envolvida no estudo estrutural de polissacarídeos de diferentes fontes e na relação com suas propriedades físicas e biológicas. O conhecimento adquirido permitiu avançar para biomateriais ativos para aplicações alimentares e biomédicas. Desde o início da carreira (2006), foram publicadas 1 patente, 4 capítulos de livros e 54 artigos em revistas internacionais com 831 citações (h = 18) e possui mais de 100 comunicações em congressos nacionais e internacionais, incluindo 20 comunicações orais.
6 dezembro 2019
Partilha com as crianças das experiências das investigadoras como cientistas do projeto EduPARK, possibilitando a construção de uma visão mais real da vida e do trabalho dos investigadores. Adicionalmente, proporciona-se uma oportunidade de experimentar a app EduPARK como se estivessem no Parque Infante D. Pedro. No CMIA – Centro Municipal de Interpretação Ambiental, simula-se o jogo de uma etapa do guião educativo para o 1.º CEB, no exterior, de forma a dar a conhecer um recurso educativo que todos podem explorar no parque da sua cidade para aprender de forma contextualizada e significativa.
CIDTFF e Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro
Investigadora Auxiliar da Universidade de Aveiro (UA), Vice-Coordenadora do Centro de Investigação Didática e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF). É Doutorada em Biologia, Doutorada em Educação, Mestre em Ciências das Zonas Costeiras e Licenciada em Biologia. É Coordenadora do Projeto EduPARK financiado por FEDER & FCT (edupark.web.ua.pt). Tem investigado na área do Mobile learning, Realidade Aumentada e Game-based learning.
CIDTFF e Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro
Investigadora do Centro de Investigação Didática e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) e membro do Projeto EduPARK. Doutorada em Didática e Formação, Mestre em Gestão Curricular e Licenciada em Ensino de Biologia e Geologia, pela Universidade de Aveiro. Tem trabalhado na área da Educação em Ciências suportada pelo uso dos Dispositivos Móveis, Realidade Aumentada e Jogo.
13 dezembro 2019
A investigadora começou por abordar os diferentes campos de atuação de um cientista, dando especial enfoque à Bioquímica Alimentar, o seu domínio de especialização, onde referiu os seus principais objetivos:
a. conhecer a composição química e bioquímica dos alimentos e
b. valorizar os resíduos da indústria alimentar (ex. águas de lavagem de alimentos, cascas e caroços, entre outros).
A investigadora referiu que sempre foi muito curiosa e sempre gostou de fazer experiências, tendo sido estes fatores que a levaram a escolher um curso de Bioquímica e Química Alimentar. Os primeiros passos como investigadora decorreram no âmbito do seu doutoramento, onde abordou a temática da determinação da composição volátil (propriedades de aroma) de diferentes variedades de uvas e vinhos. Neste momento, como investigadora de pós-doutoramento está a estudar os compostos castanhos de alto peso molecular (melanoidinas) que resultam do processamento térmico dos alimentos (café verde / café torrado e batatas fritas) e aos quais estão associadas propriedades benéficas para a saúde. A cientista abordou a problemática da poluição provocada pelo uso excessivo de plásticos de origem fóssil, falando das alternativas que está a desenvolver através da reutilização de desperdícios da indústria alimentar, nomeadamente no uso do amido existente nas águas de lavagem das batatas e no uso de compostos fenólicos existentes nas cascas de batata e na pele de prata do café. Os pequenos cientistas tiveram a oportunidade de realizar uma pequena experiência, usando um indicador (tintura de iodo) que permitia determinar a presença de amido em amostras. Tiveram também a oportunidade de ver, sentir, cheirar alguns dos materiais (películas à base de amido de batata, granulados e filamentos de diferentes tamanhos feitos à base de amido e pele de prata de café) desenvolvidos até ao momento, pela investigadora. A investigadora referiu que passa muitas horas no laboratório pois tem de realizar muitas experiências, mas referiu que este era um trabalho enriquecedor e muito divertido, que lhe permitia dar uma nova vida ao “lixo” produzido pelas indústrias da área alimentar. Por fim, a investigadora referiu que para a carreira de um cientista é fundamental divulgar os seus resultados através da participação em conferências/congressos nacionais e internacionais e publicar artigos científicos, de modo a que outras pessoas possam ter acesso às descobertas realizadas.
Departamento de Química da Universidade de Aveiro e Departamento de Química da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Sílvia Petronilho concluiu a sua Licenciatura (4 anos) e Mestrado (1 ano) em 2007 e 2008, respetivamente, em Bioquímica e Química Alimentar, na Universidade de Aveiro (UA). Em 2009, trabalhou num projeto de co-promoção (QREN 1561, UA, FoodFlowExtract). De janeiro de 2010 a fevereiro de 2015, desenvolveu o seu trabalho de doutoramento em Química (UA), no domínio da implementação de um conceito de viticultura sustentável na Região Demarcada da Bairrada. De junho de 2013 a dezembro de 2015, integrou a equipa de investigação de um projeto FCT (EXCL/AGR-TEC/0336/2012). De janeiro de 2016 a junho de 2017, desenvolveu atividades de ensino a estudantes de Licenciatura em Enfermagem e Ciências Biomédicas. Em julho de 2017 iniciou o seu trabalho de pós-doutoramento que visa o isolamento e caracterização química de compostos castanhos (melanoidinas) que se formam durante o processamento térmico dos alimentos (ex. batatas fritas). Está também a desenvolver materiais biodegradáveis usando os desperdícios da indústria da batata frita. Em 2018, iniciou tarefas de supervisão, como orientadora de alunos de Licenciatura em Bioquímica. É autora de 7 artigos publicados em revistas científicas internacionais (índice h de 7) e 2 artigos publicados em revistas técnico-científicas a convite do editor. É autora/coautora de 1 patente (PT 105390), 1 capítulo de livro, 20 comunicações em congressos internacionais e nacionais (comunicações orais e de pósteres), e participou em várias ações de divulgação, como TechDays e UAOpenCampus.
10 janeiro 2020
Os medicamentos são essenciais para a qualidade de vida das pessoas. No entanto, e como cada vez são mais utilizados, são necessários cuidados relacionados com a sua toma e descarte (prescrição obrigatória e descarte pela “valormed”). Por outro lado, após a toma de um medicamento este não é completamente metabolizado pelo organismo e acaba por ser excretado pela urina sendo assim introduzidos no ciclo urbano da água. Como a sua remoção nas estações de tratamento de águas residuais (ETAR) não é eficaz, estes compostos são introduzidos nos rios e oceanos. É então necessário desenvolver tecnologias que permitam a eliminação destes medicamentos da urina, pois o volume a tratar é inferior ao volume que seria necessário tratar numa ETAR. Uma das estratégias passa pelo desenvolvimento de materiais modificados, que adsorvam os fármacos, “filtrando” a urina e removendo os fármacos. O resultado será uma urina “limpa” que pode ser descartada para a rede de saneamento.
Departamento de Química da Universidade de Aveiro
17 janeiro 2020
Todos desejamos uma cidade melhor, mas produzimos pouco conhecimento sobre as necessidades e anseios de quem a habita. E quando o fazemos, auscultamos sobretudo as pessoas mais velhas. As crianças ficam normalmente fora deste radar. No âmbito da Escola Ciência Viva dinamizei uma sessão do “Encontro com o Cientista” com uma turma do 4º ano da EB da Vera Cruz. Foi uma conversa muito rica com rapazes e raparigas interessados e dialogantes. Do trabalho realizado, concluiu-se que 2/3 dos alunos vão de carro para a escola. Apesar de morarem próximos uns dos outros, não partilham o carro na deslocação. Alguns vão de bicicleta, mas só de vez em quando. Quando se pergunta sobre o que mais gostam na cidade, as preferências vão para o Fórum (9/24), os Parques (7/24) e os Pavilhões Desportivos (4/24). Sobre o que não gostam, falam da poluição, dos edifícios degradados e … das casas de banho públicas! Deixaram várias propostas de melhoria, mais jardins, mais limpeza e uma “kid zona” onde possam brincar. No final, quando se despediam, um deles disse-me: agora fico à espera para ver se isto se concretiza!
Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de Aveiro
Professor Auxiliar no Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de Aveiro (UA) e investigador do GOVCOPP. É diretor do Mestrado em Planeamento Regional e Urbano. Desempenhou o papel de coordenador da Plataforma Tecnológica da Bicicleta da UA entre 2014-2018. Atualmente, é o coordenador técnico na UA do projeto UBIKE (2017-2019), do projeto BOOST Starter Cycling Cities financiado pela FCT (2018-2021). Está envolvido no lançamento do projeto Laboratório Cívico Santiago (Aveiro) e em vários processos colaborativos em instrumentos de planeamento (Revisão do PDM da Maia, Paisagem Protegida do Sousa Superior).
7 fevereiro 2020
A apresentação focou aspetos gerais sobre a diversidade de vida nos oceanos e região costeira. Foi orientada em função das intervenções dos participantes e recorreu-se a algum material levado para o local e imagens.
Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro
É doutorada pela Universidade de Stirling (Escócia), docente do departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, investigadora do CESAM e membro da Comissão Científica da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. A sua carreira de investigação iniciou-se no LNETI (Laboratório Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial), em 1981, e esteve sempre relacionada com a Biologia marinha, Ecologia e Biodiversidade e na utilização dos macroinvertebrados bentónicos para avaliar o estado de qualidade dos ecossistemas costeiros. Em 1993 ingressou no Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro e continuou a linha de investigação anterior. Em termos de docência tem lecionado disciplinas na área da Biodiversidade e Ecologia. É colaboradora da Fábrica Centro Ciência Viva e é membro da sua Comissão Científica. A comunicação de ciência sempre foi um dos seus maiores interesses e desenvolveu (em colaboração) vários projetos nessa área destacando-se o projeto BioRede (www.biorede.pt), Nartural (www.biorede.pt/Nartural), Radical (CD-Rom’s “Vamos conhecer melhor os Anelídeos” e “Vamos conhecer melhor os Equinodermes”), Descobrindo a Biodiversidade na Cidade de Aveiro (CD-Rom) e, mais recentemente, o projeto Do Ar à Água que deu origem aos vídeos “Viajantes do Ar” (https://vimeo.com/100140108), “Nascer na Ria” (https://vimeo.com/100150805), “A Cegonha-branca” (https://vimeo.com/100150808), e “A Ria por Dentro” (https://vimeo.com/100150807).